Transparência das Instituições de Ensino Superior: Comunicação com a Comunidade Empresarial
Resumo
Em democracia, a transparência deve ser uma preocupação das organizações públicas, como incentivo à colaboração dos seus stakeholders, para promover a inovação e o inerente desenvolvimento económico.
Este estudo contribui para entender de que forma as Instituições de Ensino Superior podem aumentar a sua transparência junto de um dos seus principais stakeholders externos, a comunidade empresarial, questionando-os diretamente sobre as suas necessidades informacionais.
Adotou-se uma abordagem qualitativa, exploratória e descritiva, com a realização de dois Focus Group e cinco entrevistas individuais a empresários portugueses.
Os resultados obtidos indicam que os empresários carecem de informação das Instituições de Ensino Superior para se tornarem mais competitivos. Sugerem que, com recurso às potencialidades das Tecnologias de Informação e Comunicação, lhes seja divulgada informação facilmente acessível, que facilite a transferência do conhecimento científico, a utilização de recursos internos e o estabelecimento de parcerias, no sentido do desenvolvimento económico.
Texto Completo:
PDF (English)Referências
Alves, J. K. D., Biscoli, F. R. V., & Schmidt, C. M. (2014). A importância das cooperações universidade-empresa: um estudo no curso de secretariado executivo da Unioeste. Revista de Gestão E Secretariado - GeSec, São Paulo, 5(2), 158–178. https://doi.org/10.7769/gesec.v5i2.259
Amorim, P. (2012). Democracia e Internet: a transparência de gestão nos portais eletrônicos das capitais brasileiras.
Bardin, L. (1977). Análise de Conteúdo. Revista Educação (Vol. 22). https://doi.org/10.1017/CBO9781107415324.004
Benedetti, M. H., & Torkomian, A. L. V. (2010). Uma análise da influência da cooperação Universidade-Empresa sobre a inovação tecnológica. Gestão & Produção, 17(4), 145–158.
Bittencourt, L., & Nogueira, J. F. (2012). Gestão e qualidade na Comunicação Corporativa. Revista Espaço Acadêmico, 138(novembro), 1–7.
Bothma, T. J. D., & Bergenholtz, H. (2013). Information needs changing over time: a critical discussion. SA Jnl Lbs & Info Sci, 79(1), 22–35. https://doi.org/10.7553/79-1-112.
Câmara, R. H. (2013). Análise de conteúdo: da teoria à prática em pesquisas sociais aplicadas às organizações. Revista Interinstitucional de Psicologia, 6(2), 179–191.
Cornelissen, J. P., Durand, R., Fiss, P. C., Lammers, J. C., & Vaara, E. (2015). Putting Communication front and center in Institutional Theory and analyses. Academy of Management Review, 40(1), 10–27.
Costa, L. F., & Ramalho, F. A. (2010). Religare: Information behavior in light of the Ellis model. Transinformacao, 22(2), 169–186.
Eberle, L., Milam, G. S., & Camargo, M. E. (2013). Antecedentes da retenção de clientes no contexto de uma Instituição de Ensino Superior. Revista Economia & Gestão, 13(33), 5–27.
Falqueto, J. M. Z., Hoffmann, V. E., & Gomes, R. C. (2013). A influência dos Stakeholders na implantação do planejamento estratégico em uma instituição pública de Ensino Superior. In Xxxvii EnANPAD, Rio de Janeiro, 7 a 11 de setembro (pp. 0–16).
Falquetto, J., & Farias, J. (2016). Saturação Teórica em Pesquisas Qualitativas : Relato de uma Experiência de Aplicação em Estudo na Área de Administração . 5o Congresso Ibero-Americado Em Investigação Qualitativa, 3, 560–569.
Freitas, J. L., Ravazolo, R. F., Macadar, M. A., Luciano, E. M., & Moreira, C. R. (2014). Transparência, Metatransparência, Governança Corporativa e de TI pela Ótica da Teoria da Ação Comunicativa. In XXXVIII Encontro da ANPAD. 13 a 17 setembro. Rio de Janeiro. Brasil (pp. 1–10).
Hedler, H. C., Silva, R. B., Alonso, L. B. N., Campos, R. P., & Carmo, E. A. (2015). Barreiras à comunicação organizacional: um estudo em uma organização pública do governo do Distrito Federal. Revista de Estudos Da Comunicação, 16(40), 165–181. https://doi.org/10.037/comunicacao.16.040.AO03
Jackson, K. M., & Trochim, W. M. K. (2002). Concept Mapping as an Alternative Approach for the Analysis of Open-Ended Survey Responses. Organizational Research Methods, 5(4), 307–336. https://doi.org/10.1177/109442802237114
Junita, I., & Magdalena, N. (2014). Maximizing stakeholders value through Good University Governance (GUG) in higher education institutions. In The 2nd IBEA - International Conference on Business, Economics and Accounting Hong Kong (pp. 1–10).
Koba, T. P. M. B., Clein, C., Lorenzzon, G. S., Signor, B., & Strapazzon, J. (2013). A importância da implantação da comunicação integrada de marketing. Estudo de caso em uma instituição de ensino superior. In II Congresso Nacional de Pesquisa em Ciências Sociais Aplicadas, II CANAPE, Francisco Beltrão, PR, 2 a 4 outubro (pp. 1–13).
Kunsch, M. M. K. (2007). Comunicação organizacional na era digital: contextos, percursos e possibilidades. Signo Y Pensamiento, XXVI(51), 38–51.
Lathrop, D., & Ruma, L. (2010). Open Government Transparency, Collaboration, and Participation in Practice.
Lourenço, R. P. (2013). Transparência para accountability: uma estratégia e uma aplicação ao caso português. In 13.a conferência da Associação Portuguesa de Sistemas de Informação 4 e 5 outubro Universidade de Évora (pp. 405–422).
Maia, I., & Sá, P. M. (2014). A utilização das Websites e a Transparência das Instituições de Ensino Não Superior (IEPNS). In ResearchGate (pp. 1–21).
Mainardes, E., Alves, H., & Raposo, M. (2013). Identifying stakeholders in a portuguese university: a case study. Revista de Educación, 362.septiembre-Diciembre, 429–457. https://doi.org/10.4438/1988-592X-RE-2012-362-167
Martínez-Silveira, M., & Oddone, N. (2007). Necessidades e comportamento informacional: conceituação e modelos. Ciência Da Informação, 36(1), 118–127. https://doi.org/10.1590/S0100-19652007000200012
Martins, F. A., & Santana, J. R. (2013). Mechanisms of University-Business Interaction: an Initiative by the Sector of Oil & Gás of the Stage of Sergipe. REvista GEINTEC, 3(3), 84–102.
Mateus, A. F. F. (2013). Comunicación en servicios en la era de la globalización. La comunicación digital y el servicio personalizado: oportunidades y limitaciones. Revista de Comunicación Vivat Academia, Marzo, Año XV(122), 1–21. https://doi.org/10.15178/va.2013.122.1-22
Mateus, A. F. F. (2014). El estado del arte de las relaciones públicas y de la comunicación organizacional: Portugal en el contexto europeo un primer enfoque. Revista de Comunicación Vivat Academia, Diciembre, Año XVII(129), 79–118.
Michel, M., Michel, J., & Porciúncula, C. G. (2013). A Comunicação Organizacional, as redes sociais e seus desafios: afetos e emoções nesse contexto. Revista Internacional de Relaciones Públicas, III(6), 117–136.
Moraes, R. (1999). Análise de conteúdo. Educação, 22(37), 7–32.
Morgan, D. (1996). Focus Groups. Annual Review of Sociology, 22(1996), 129–152. https://doi.org/10.1093/intqhc/8.5.499
Morgan, D. L. (2010). Reconsidering the role of interaction in analyzing and reporting focus groups. Qualitative Health Research, 20(5), 718–22. https://doi.org/10.1177/1049732310364627
Nolan, Lord. (1997). Normas de conduta para a vida pública. Cadernos ENAP.
Ramírez Córcoles, Y., & Peñalver Santos, J. F. (2013). Propuesta de un Informe de Capital Intelectual para las instituciones de educación superior españolas. Estudios de Economía Aplicada, 31(2), 525–554.
Ribeiro, R. R., & Marchiori, M. (2008). Comunicação Organizacional Dialógica: uma perspectiva de interação nas organizações. In IX Congresso Latinoamericano de investigación de La comunicación, ALAIC - Associación Latinoamericana de Investigadores de Comunicación, Ciudad de Mexico, 09 a 11 de outubro (pp. 1–14).
Ruben, B. D. (2005). Linking Communication Scholarship and Professional Practice in Colleges and Universities. Journal of Applied Communication Research, 33:4(November), 294–304. https://doi.org/10.1080/00909880500278020
Sagoe, D. (2012). Precincts and Prospects in the Use of Focus Groups in Social and Behavioral Science Research. The Qualitative Report, 17(29), 1–16.
Santos, R. S. (2013). Estudo de implementação de um modelo EFQM numa Instituição de Ensino Superior: Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL).
Schiavoni, P. M. de B., Moraes, M. C. B., Castro, A. C. de, & Santos, J. N. (2013). Stakeholders: principais abordagens. Revista de Ciências Da Administração, 15(37), 187–197.
Schröeder, C. D. S., & Klerin, L. R. (2009). On-line focus group: uma possibilidade para a pesquisa qualitativa em administração. Cadernos EBAPE.BR, 7(2), 332–348. https://doi.org/10.1590/S1679-39512009000200010
Scroferneker, C. M. A. (2006). Trajetórias teórico-conceituais da Comunicação Organizacional. Revista FAMECOS, 31, 47–53.
Silva, A. H., & Fossá, M. I. T. (2015). Análise De Conteúdo: Exemplo De Aplicação Da Técnica Para Análise De Dados Qualitativos. Qualitas Revista Eletrônica, 16(1), 1–14. https://doi.org/http://dx.doi.org/10.18391/qualitas.v16i1.2113
DOI: http://dx.doi.org/10.18803/capsi.v17.158-173
Apontamentos
- Não há apontamentos.